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- Sword Art Online: Fatal Bullet
Postado por : Rvl-Cheater
29 de abr. de 2018
Sword Art Online: Fatal Bullet é o novo RPG de ação baseado no popular anime. Publicado pela Bandai Namco e disponível para PS4, Xbox One e PC (via Steam), o título aposta em mecânicas de tiro em terceira pessoa para conquistar um público ainda maior.
O novo jogo da franquia apresenta uma história completamente novas aos fãs. Focado no VRMMO Guns Gale Online, mostrado na segunda temporada do anime, Fatal Bullet presenteia o jogador com uma trama supervisionada por Reki Kawahara, criador do desenho.
Apesar de trazer uma premissa interessante, com textos totalmente em português para facilitar a compreensão, a história se desenvolve de forma bastante lenta. O início do personagem em seu primeiro VRMMO cooperativo, de fato, não é dos mais agradáveis e começa quase parando. Os personagens principais do mangá, como Kirito e Asuna, estão presentes na campanha e interagem a todo momento com o seu avatar. Aliás, a aventura é protagonizada por um personagem totalmente customizado, criado do zero, ainda que seja possível assumir o papel de Kirito no Modo Kirito.
Não se trata de um MMO. As primeiras duas horas de jogo são destinadas a aprender extensos tutoriais que, na verdade, servem para introduzir desde o esquema de controles até NPCs e sistemas de gameplay. É preciso ter paciência e ficar atento aos diálogos, afinal, trata-se de um jogo complexo e repleto de camadas, nos moldes de RPGs antigos.
Fatal Bullet foi desenvolvido pelo mesmo estúdio da saga Dragon Ball Xenoverse, conhecida por trazer um fórmula semelhante a de um MMO. Embora o novo Sword Art seja baseado em um, o jogo em si não é um MMO. A aventura se resume a aceitar missões na cidade de SBC Gurokken, explorar dungeons, matar monstros e obter novos equipamentos para desenvolver destrezas e habilidades do herói.
Ao invés de seguir a fórmula de mundo aberto, Fatal Bullet aposta em grandes áreas independentes. Isso significa que, ao aceitar uma missão, o protagonista pode viajar para pontos específicos de ambientes que não estão necessariamente conectados.
Tiroteio no combate é bem-vindo. Como um bom RPG que se preze, o game exige que os mesmos monstros sejam aniquilados repetidas vezes para que o jogador suba de nível e consiga progredir em novos desafios. Há muito a ser feito e explorado nas regiões da Gun Gale Online.
Pela primeira vez na história da série, o combate deixou de ser voltado apenas a ataques corpo a corpo e gerenciamento de habilidades. Agora, o combate com armas desempenha um papel essencial no gameplay, já que o herói pode equipar até dois tipos de armas de longa distância ao mesmo tempo.
O sistema de batalha funciona como um típico shooter em terceira pessoa. É possível optar pelo assistente de mira que, como o próprio nome indica, favorece o tiroteio automático e não exige que o jogador foque no oponente - o sistema, inclusive, é ótimo para quem não tem tanta familiaridade com jogos de tiro.
No decorrer da jornada, o protagonista pode desbloquear armas e equipamentos em um sistema de looting que segue a tendência de jogos como The Division, Destiny e Diablo, e funciona de maneira exemplar, com itens separados por cores e níveis de raridade. Os itens concedidos como prêmio ao concluir missões e matar inimigos são gerados de forma randômica, o que serve de incentivo para continuar jogando.
SAO: Fatal Bullet apresenta um salto gráfico considerável se comparado ao seu antecessor. Concebido com o poder da tecnologia Unreal Engine 4, que impulsiona a qualidade de ambientes e texturas, o título nunca esteve tão próximo de ser uma reprodução fiel do anime. Upgrade visual, mas tem ressalvas
Se por um lado os personagens estão bem representados, por outro, o level design deixa a desejar ao entregar um cenário quase apocalíptico bem morno, sem muitos detalhes. Em certos momentos, é comum se deparar com amplos ambientes genéricos, indistinguíveis entre si, o que contribui para a quebra de imersão.
Conclusão
Sword Art Online: Fatal Bullet é simplesmente o melhor jogo baseado no anime até então. Com gráficos renovados e mecânicas de tiro que funcionam bem, o título se sobressai com uma história totalmente nova, enriquecida com personagens conhecidos dos fãs. No entanto, problemas constantes de ritmo, cenários genéricos e o mesmo esquema de missões, repetido à exaustão através das fases, ofuscam o brilho de um produto que tinha tudo para ser uma das grandes surpresas do gênero RPG em 2018.